sábado, 8 de janeiro de 2011

Nem lá nem cá...


Tive um casal de amigos que não via a mais de 10 anos. Fui visitá-los a fim de ver minha amiga com quem eu tinha mais afinidade, mas meu amigo me disse que eles se separaram a mais de 5 anos.
Depois de algumas horas atualizando o que aconteceu em nossas vidas nesse período ele me convidou para ir a um niver da sobrinha dele em Bragança Paulista com sua atual mulher e sogra.
Como ele tinha me dado o fone da ex (minha amiga), resolvi ligar dias depois para matar a saudade e ela me disse que também iria ao tal niver em Bragança. Eu estava morrendo de saudades dela.

Cheguei em Bragança com meu amigo, mas ansioso por ver minha amiga. No dia seguinte já a tardinha eu estava deitado no sofá quando ela chega e me cumprimenta como se eu fosse um estranho.

- Oi, tudo bem? Disse ela sem me reconhecer...há 10 anos era mais magro e cabelos nas costas.

Quando ouvi sua voz saltei do sofá e disse: -Como assim “oi”, não me reconhece + é? Risos...muitos risos.

Corri até ela e dei um longo e apertado abraço e fomos conversar ...muito.

Ela me contou da separação com meu amigo e do que fez nesses 10 anos e falei sobre as coisas que passei também.
O niver seria num sítio lá próximo e nos dirigimos pra lá. Ficamos o tempo todo juntos um ao lado do outro conversando sobre um monte de coisas e ela disse que iria acampar na virada do ano com os filhos e um amigo do filho dela para Parati na praia do Sono e me convidou pra ir (o que aceitei de cara),  mas lá pelas tantas, depois de muita cerveja e vinho começou a “pintar o clima”.
Uma situação complicada pra mim já que ela disse ter alguém a quem ama muito, mas quase nunca está presente (estão juntos a uns 5 anos) meu amigo é ex dela e pra melhorar eu estava em território estranho, não conhecia ninguém senão eles e me mantive na minha.
Assim passei 3 dias maravilhosos e meu amigo disse que o pessoal gostou muito de mim e me convidaram pra passar o natal com eles. Aceitei na hora, gostei de todos também.
Depois disso eu e ela trocávamos alguns sms todos os dias e nos falamos por telefone também. A saudade da amizade era muito grande.

No dia da viagem pra Bragança passei antes na casa da minha amiga para dar-lhe um presente. Um livro da banda que ela adora: ACDC.
A tarde meu amigo passou na casa dela pra pegar o filho deles que iria conosco, mas notei a tristeza no olhar dela e me disse que passaria sozinha mais um natal como em tantos outros. Fiquei chateado e quase desisti da viagem, mas tinha assumido um compromisso e não poderia faltar.

Cheguei a Bragança e o pessoal aguardava minha chegada e gostaram muito de eu ter ido, mas faltava alguém lá: ela.
Meia noite cumprimentei a todos e liguei pra minha amiga desejando feliz natal, mas ela estava triste e disse que iria dormir cedo. Fiquei sentido com isso e tentei confortá-laenviando mensagens de carinho para ela se sentir melhor.
Amanheceu, era 25/12...tomamos café da manhã...depois almoço e no início da tarde ouvi dizerem que ela estava vindo pra Bragança também. Eu explodia de felicidade por dentro, mas depois de quase 5 horas e nada...achei que ela tinha desistido da idéia quando de repente a vi na minha frente. Levei um susto tão grande que fechei a boca pra não perder meu coração. Então dei um sorriso e um abraço nela e saí de perto...a essa altura eu tinha receio de que confundissem meu carinho por ela com outra coisa qualquer.

Papo vem, papo vai, risos aqui, gargalhadas ali e chega a hora de dormir...cada um vai pro seu canto e eu me ajeitei num colchão e ela num outro canto da sala e me chamou para juntarmos os colchões, rsrsrs.


Aproximei-me dela, olhei fundo naqueles olhos verdes e acariciando seu rosto e cabelos eu disse que ela ter vindo foi meu melhor presente. Gosto de dar carinho, mas notei algo e perguntei:

-Que foi?
- Nada! Só que não to acostumada com isso.
-Isso o quê?
-Receber carinho.

Ouvir aquilo me tocou profundamente. Envolvi em meu braço e ela adormeceu. Muitos estranham essa minha atitude, mas eu só queria acariciá-la como amigo e me mantive no meu lugar pois nossa amizade é muito boa.
No fim da tarde meu amigo (ex-marido dela) veio todo animado me dizer que a vidada do ano nós passaríamos lá novamente e quando recusei dizendo que já tinha uma viagem marcada com ela, pude ver que ele não gostou nada. Aí começou a beber e querer dar vexame dizendo que nunca mais me chamaria pra lugar nenhum e blá, blá, blá. Certos caras não aceitam separação, mas eu tinha consciência de que eu não fizera nada D+.


Virada de ano a caminho da praia do Sono, trilha, mar, areia, camping, pernilongos, bebidas e muita diversão apesar do sofrimento pra chegar devido ao ônibus quebrar. Fiz coisas que sempre quis como fumar narguilê e coisas que jamais imaginei fazer como fumar um baseado. Sensação? Dormência no corpo, só isso. Tentei me soltar pra poder curtir as oportunidades e mudar meu jeito “certinho” de ser.
Brincamos muito, rimos muito eu e minha amiga, bebemos muito, dormimos juntos na mesma barraca. E foi só. Nada de beijos ou sexo, mas por respeito e por preferir a amizade boa a um romance.

Foi ótimo revê-la e botar a conversa em dia.

2 comentários:

  1. Até vc vai ter um relacionamento antes de mim ahahah se depender do Paulo vou ficar no platônico mesmo rs... mas fiquei tão feliz por vc... por essa história ter chances de um final feliz...

    Estarei aqui aguardando mais um desfecho...

    Kisu e feliz ano novo!

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  2. INTERESSANTE! HEM! ESCONDENDO O JOGO!

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