Velhote Show

Depois de esperar anos por sua reaparição finalmente o dia 02 de Abril chegou. O Show do velhote Srº John Michael Osbourne conhecido como príncipe das trevas OZZY.

Acordei meio dia, tomei um belo café da “manhã” vesti minha calça preta e a camiseta da banda - live evil - e fui para a Arena Anhembi (sambódromo) sozinho como faço sempre para ter a oportunidade de fazer novas amizades.

Duas horas depois cheguei no local e confesso que ver aquele bando de gente de preto me deu a sensação de poder.

A fila

Obviamente já era de se esperar que eu encontrasse uma fila imensa, mas fui dar uma volta para ver aquele bando de heavy quando vi uma faixa de estacionamento dizendo:

“Estacionamentos para o show do OZZI”

#aijezui

Com ingresso de Pista Premium na mão, eu fui procurar minha fila do lado de fora e pra minha surpresa não havia...rsrsr entrei tranqüilo e aguardei num corredor paralelo já próximo dos portões que foram abertos às 16:30. Ingresso conferido, fitinha identificadora no pulso e a revista feita pelo segurança tudo correu bem.

Na pista

Logo me misturei com uma galera e fiz colegas. Comentamos sobre outros shows, reprovamos os valores de ingressos (eu mesmo só fui pq paguei R$ 300,00 na meia entrada) e falamos sobre o livro do Madman (‘Eu sou Ozzy’ e que recomendo).

Tempo fechando e todos torcendo para vir muita chuva. Definitivamente São Pedro é heavy e nos atendeu literalmente com muita água.

A abertura

Em pé por + de 4 horas até a entrada da banda de abertura às 20:30. Sepultura. Muitos falam de Max Cavalera, mas prefiro a imagem pavorosa o atual Derrick Green quando arregala os olhos e que falou em português conosco (achei bacana isso) e o guitarrista de Andréas Kisser foi fora de série. #batecabeça.

E tome chuva na cabeça sob um empurra empurra intenso (rock pra mim é isso), meus pés totalmente embaixo d’água. Chega a tão esperada hora.

Olêêêê, olê, olê, olêêêê – Ozzzzyyyy, Ozzzzyyyy.

Há menos de 10m do palco pude ver a cor dos olhos do velhote que entrou sorrindo numa pontualidade britânica às 21:30 e com aquele jeito peculiar de andar correndo em passinhos curtos e corpo curvado mandando ver na ‘Bark at the moon’ logo de cara e deixando todos enlouquecidos com jatos de espuma além da chuva que caía sobre as madeixas da galera. A essa altura eu estava molhado até nas cuecas quando vejo o louco do Ozzy  pegar um balde com água e jogar sobre a própria cabeça. Achei quilo muito louco...Eu já tinha visto isso em gravações, mas ao vivo não tem preço.

Curtimos, entre outros, clássicos como: Crazy Train e Mr. Crowley e no metade do show o vovô faz uma parada estratégica (acho que pra degustar algumas anfetaminas) enquanto isso o guitarrista Gus G. apresenta vários solos entre eles ‘Brasileirinho’, um clássico dos cavaquinhos de Waldir Azevedo ganhando o público e arrancando muitos aplausos.

Na volta mais banho de espuma e o povo pedindo em uníssono:

NO-MORE-TEARSSSS... NO-MORE-TEARSSSS... NO-MORE-TEARSSSS

Mesmo não atendendo ao caloroso pedido fomos presenteados com Iron Man, Black Sabbath, War Pigs fechando com Paranoid (minha favorita e que me fez perder a voz, rsrsrs). #roqueiroenlouquecido

Terminado o show e alguns frustrados pela falta da No More Tears eu estava grogue acompanhando a multidão sem controle das próprias pernas que a essa altura andavam sozinhas até o metro. Estava ciente de que passaria mais uma noite de pós show na rua e pra minha surpresa deu tempo certinho de chegar em casa.

Banho demorado e o zum zum zum do som na orelha...dormi como uma pedra.

#foiDUHkaralho