domingo, 19 de setembro de 2010

Pet Cemetery


Quem pode dizer que nunca amou perdidamente alguém? Se você ainda não passou por isso, seu dia vai chegar, mas apenas se você realmente quiser e estiver preparado.
Trocar palavras doces, gestos, mensagens carinhosas, enviar flores, café da manhã na cama, ficar horas no telefone, preparar um jantar romântico, abrir a porta do carro ou oferecer a cadeira a ela. Ver beleza e poesia em tudo e ter uma meta: agradar.
Pois é, assim começa um relacionamento. Eufórico, elétrico, ansioso e cheio de vida.
Mas nem tudo é pra sempre e agora cada um segue, ou tenta seguir, com sua vida  separadamente. Por um tempo, somos tomados por um desejo de desfazer a “besteira” de ter terminado na busca de reacender a chama que causou todos aqueles bons momentos vividos juntos.
Alguns dizem: Não ligue. Não procure. Não insista. Esqueça.
Com se fosse um interruptor: liga-desliga. Mas como esquecer alguém que fez parte da sua vida, ainda que por pouco tempo, e que trouxe bons momentos? Simplesmente desistir? Deixar-se passar pela cura do tempo? Ou perder a oportunidade da sua vida? O que fazer??? Com esse turbilhão de perguntas na cabeça você decide arriscar um contato, afinal devemos lutar pelo que achamos valer a pena.
Então ambos juntam os caquinhos, “apagam” o passado e recomeçam. Mas algo está diferente. Receosos e inseguros eles evitam se expor. Não há mais palavras doces, gestos, mensagens carinhosas, envio de flores, jantar romântico ou horas no telefone. Mesmo quando  estão juntos, parecem distantes...separados. Aguardando sempre que o outro ceda mais.
Efeito pet cemetery.
Não adianta enterrar o passado achando que tudo voltará a ser como antes num passe de mágica. Por mais que o passado deva ficar lá... no passado... ele sempre vai mostrar sua face, afinal um vaso colado nunca será um vaso novo.
É preciso um esforço quase sobre-humano para ambos superarem e nem todos estão dispostos a passar por isso. É quando percebemos que o que valia a pena... não vale mais.
O melhor a fazer é guardar esses bons momentos no coração como uma coisa boa a ser lembrada.

3 comentários:

  1. Tbm acredito que não temos um botão de desliga na cabeça. Mas você está falando de um relacionamento de quanto tempo? De que tipo de relacionamento?
    Pq muitas vezes fazemos confusão. Muitos de nossos romances só existiram na nossa cabeça.
    Ás vezes estamos fissurados na sensação que aquela pessoate causa, no que tinha com ela e não exatamente com falta daquela pessoa.
    Eu mesma tenho disso às vezes....

    E quem disse que todo relacionamento tem que durar? virar amor? Se a gente se conformar com o fato de que algumas pessoas estão apenas de passagem na nossa vida e vice-versa, fica tudo mais fácil!

    Boa sorte e adoro ramones.

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  2. Acho que, às vezes, o que assusta mesmo é a perda. Essa ideia de que acabou a parte boa da coisa. Nessas horas a gente acaba esquecendo que o "futuro reserva surpresas" e que elas podem ser tão boas quanto aqueles momentos vividos no passado, mas apenas se aceitarmos e respeitarmos todas as diferenças que vêm no "pacote".
    Boa sorte, Edu!
    Fique em paz ;*

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  3. Acho que com o tempo acostumei a ser um pouco mais fria. Não é que evito de me apaixonar, mas fui ficando mais racional e se eu não visualizo uma coisa interessante no futuro (mesmo que eu não tenha uma bola de cristal para adivinhar), eu perco o folego na relação. Nem devia falar isso pq tem gente que odeia, mas o prazer pra mim está na conquista. Depois que eu conquisto, não quero mais, 99% das vezes é assim...

    Kisu!

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